Foram entregues nesta quinta-feira, 4 de dezembro, as estatuetas aos vencedores do Prêmio Stemmer de Inovação Catarinense 2014. Foram três os premiados na categoria Protagonista da Inovação, à qual concorreram pesquisadores vinculados a empresas ou instituições: Fabiana Vieira Lima, Gabriel de Freitas Nunes e Celso Panceri. Cada um deles receberá, respectivamente R$ 50 mil, R$ 20 mil e R$ 10 mil. A cerimônia foi realizada no Il Campanario, em Jurerê, durante a abertura do Fórum Nacional do CONFAP (Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa), do qual a FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do estado de Santa Catarina) faz parte.
Ganhadores do Prêmio Stemmer 2014 (Foto: Michelle Nunes/SDS)
A vencedora, Fabiana Vieira Lima, da empresa Brasil Materiais e Instrumentais Ltda., com sede em Palhoça, inscreveu-se com a inovação “Clareador e Dessensibilizante Dentário com ativos encapsulados e processo para sua obtenção”. Seu projeto consiste em desenvolver ativos encapsulados por nanotecnologia, utilizando produtos biodegradáveis e biocompatíveis, ao invés de solventes orgânicos.
O processo é resultado de outra inovação da mesma empresa: o primeiro produto associa clareador com dessensibilizante que possui mecanismo de ação comprovado cientificamente e com resultado superior aos similares encontrados no mercado. O lançamento do produto foi em janeiro de 2012 e sua comercialização já foi autorizada pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em todo o Brasil. “Esse prêmio é resultado de um trabalho de clareamento dental que venho fazendo há seis anos, e é um incentivo de que esse é o caminho correto e que estamos instituindo inovações, apesar de ser algo que dispende bastante investimento”, declara a pesquisadora.
O segundo colocado,Gabriel de Freitas Nunes, da TNS Nanotecnologia Ltda., de Florianópolis, desenvolveu antimicrobianos à base de nanopartículas de prata, com um processo totalmente brasileiro. O objetivo da TNS é oferecer às indústrias um aditivo à base de nanopartículas de prata de alta eficiência e preço competitivo frente aos produtos importados. O resultado foi a obtenção de produtos mais seguros em relação à saúde, superfícies limpas e higiênicas, com melhoria na saúde pública. Para o pesquisador, esse prêmio vai ajudar a empresa a ter visibilidade não apenas no estado, mas a nível nacional, principalmente em relação ao fato de a empresa inovar e oferecer novos produtos ao mercado, “esse é o reconhecimento para a tecnologia e para as pessoas que estão à frente nessa área”.
Celso Panceri, da Vinícola Panceri Ltda., de Tangará, que ficou em terceiro lugar, participou do Prêmio Stemmer com três projetos inovadores. O primeiro deles, considerado o principal pelo empreendedor, foi o processo para produção de vinho licoroso com desidratação de uvas a frio, em ambiente controlado.O produto está em fase de introdução no mercado. O Merlot Nouveaué umprocesso maceração carbônica da uva Merlot para produção de vinhos jovens, que não era utilizada devido às condições climáticas. O vinho já é comercializado há dois anos. Seu terceiro projeto foi a criação do Museu da Vitivinicultura de Santa Catarina em Tangará, que ele considera uma inovação cultural.
O Prêmio de Inovação Catarinense foi criado em 2008 pela Lei Catarinense de Inovação, posteriormente levando o nome de Caspar Erich Stemmerpor sua atuação em favor da competitividade da indústria brasileira, da inovação tecnológica e da melhoria dos processos produtivos e de gestão institucional. A premiação tem o objetivo de reconhecer e dar visibilidade a pessoas e instituições que promovem o conhecimento científico e tecnológico. A primeira edição ocorreu em 2009.
Fonte: Jéssica Trombini – FAPESC