O LABSOLDA (Instituto de Soldagem e Mecatrônica) da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) se classificou na 7ª edição do Prêmio Stemmer Inovação Catarinense, promovida pela FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina). Criada em 2008 pela Lei Catarinense de Inovação, a premiação leva o nome do ex-reitor da UFSC, Caspar Erich Stemmer, e visa reconhecer, com troféus, certificados e valores financeiros, ações inovadoras de instituições, empresas e pessoas consideradas “protagonistas da inovação”.
Uma das inovações-referência inscritas no Prêmio Stemmer é um sistema automatizado para soldagem de revestimento de componentes de caldeiras
Formado por pesquisadores do Departamento de Engenharia Mecânica, o LABSOLDA foi finalista na categoria Instituição de Ciência, Tecnologia e Inovação com 3 inovações. A primeira é um sistema automatizado para soldagem de revestimento de componentes de caldeiras e geometrias associadas. “O sistema teve seu desenvolvimento voltado ao enfrentamento do fenômeno de desgaste que ocorre no interior das caldeiras de usinas termelétricas. Neste contexto, a proteção dos componentes por meio da aplicação de uma liga metálica especial, via soldagem, é importante para que não ocorram perfurações ou rupturas, falhas que fatalmente impedem o funcionamento do sistema de geração de energia como um todo” explica o Engenheiro João Facco de Andrade,Gerente de Projetos no LABSOLDA (www.labsolda.ufsc.br).
A segunda inovação trata de técnicas avançadas para produção de vídeos em alta velocidade aplicados em análises de processos industriais e pesquisas científicas.“As técnicas envolvem a aplicação de conhecimentos avançados em ótica, eletrônica e informática para produzir, processar e analisar imagens sincronizadas com dados quantitativos em uma frequência de até 20.000 quadros por segundo. Além disso, é empregado um sistema de iluminação laser infravermelho, invisível ao olho humano, mas ainda assim capaz de sensibilizar o sensor da câmera. Dessa forma, o cenário permanece iluminado apenas pelo sistema laser, independente das condições de luz ambiente. A técnica está sendo aplicada na análise técnico-científica de fenômenos extremos que ocorrem muito rapidamente, em escala reduzida e com grande variação na intensidade luminosa como no caso dos processos soldagem”, disse Marcelo Pompermaier Okuyama, Mestre em Engenharia de Produção – Produtor Multimídia no LABSOLDA.
E a terceira inovação consiste em um sistema para soldagem automatizada TIG Orbital de tubos de pequeno diâmetro. “É capaz de realizar o processo de união em tubos de paredes finas, com controle eletrônico computadorizado. O equipamento pode ser aplicado em diferentes segmentos da indústria, por exemplo: química, petróleo e gás, alimentos, assim como para a construção de equipamentos e estruturas variadas. Os principais benefícios para o setor são o grande aumento da produtividade e qualidade das juntas executadas automaticamente. O controle eletrônico por software permite total possibilidade de customização, além de possibilidades de registro e tratamento eletrônico dos dados de cada soldagem, tornando o sistema apto para integração com ferramentas de Indústria 4.0 aplicadas para melhoria da produtividade e qualidade”, nas palavras do Professor Régis Henrique Gonçalves e Silva, Supervisor Geral e Diretor de P&D no LABSOLDA.
Suspense
A FAPESC divulgou os finalistas das 4 categorias do Prêmio Stemmer Inovação Catarinense 2017 (relativa à Chamada Pública 1/2017), disponível neste link, mas os primeiros colocados serão anunciados numa cerimônia prevista para o dia 6 de novembro.
Os classificados estão listados por ordem alfabética, sem indicação de colocação no Prêmio.
Categoria Empresa Inovadora de Micro e Pequeno porte:
ATAR
EFICID
INTRADEBOOK
Categoria Empresa Inovadora de Médio ou Grande porte:
BRY
CISER
EMBRACO
Categoria Instituição de CTI:
EMBRAPA SUINOS E AVES
INSTITUTO STELLA
UFSC/LABSOLDA
Categoria Protagonista da Inovação:
ALVARO MICHELOTTI
EDUARDO J. JARA
ROBERTO ZAGONEL
Fonte: Coordenadoria de Comunicação da FAPESC