Ex-reitor Caspar Erich Stemmer é homenageado na UFSC

O ex-reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Caspar Erich Stemmer (1930-2012), foi homenageado quinta-feira, 3 de dezembro, em evento comemorativo aos 50 anos de sua posse como diretor da Escola de Engenharia Industrial, atual Centro Tecnológico (CTC) da UFSC.

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O Departamento de Engenharia Mecânica homenageou Stemmer com uma estátua jardim do prédio principal da Engenharia Mecânica e, em seguida, foi exibido um vídeo com depoimentos de pessoas que conviveram com o ex-reitor no Auditório da Reitoria. No mesmo local, ocorreu sessão de autógrafos da segunda edição do livro Caspar Erich Stemmer: administração, ciência e tecnologia, do professor Arno Blass.

O ex-reitor da UFSC dá nome ao Prêmio de Inovação Catarinense, oferecido pela FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina) desde 2009. Já foram contemplados pela premiação 58 pesquisadores (protagonistas da inovação), empresas e instituições, como reconhecimento a seus esforços e resultados de produtos e processos inovadores. Os valores recebidos por eles ultrapassam R$ 1,38 milhão.

Fonte: Agecom-UFSC, adaptado

Abertas inscrições para o Prêmio Stemmer de Inovação Catarinense

Até 1º de dezembro estará aberto o Edital do Prêmio Stemmer de Inovação Catarinense 2015, recém-lançado pela FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina). Tradicionalmente, a premiação reconhece os esforços e resultados de pessoas, instituições, grupos de pesquisa e empresas no desenvolvimento de produtos e processos inovadores.

Neste ano, as categorias do prêmio são Empresa Inovadora de micro ou pequeno porte e Protagonista da Inovação. O primeiro colocado de cada categoria receberá R$ 60 mil; o segundo R$ 30 mil; e o terceiro, R$ 15 mil (totalizando R$ 210 mil). Para o diretor técnico-operacional, Walter Vicente Gomes Filho, “mais do que o valor financeiro, a importância do Prêmio Stemmer está no reconhecimento e valorização do trabalho. Ele destaca a contribuição para o desenvolvimento da inovação no nosso estado”.

Para a categoria Protagonista da Inovação podem se inscrever pessoas físicas ligadas a empresas ou instituições inovadoras, ou ainda a instituição de Ciência e Tecnologia sediada em Santa Catarina. A novidade nesta edição é a possibilidade de inscrever inovações desenvolvidas por grupos de pesquisa, representados por seus coordenadores. Até o ano passado, a inscrição era apenas individual.

Na categoria Empresa Inovadora, podem concorrer empreendimentos estabelecidos no estado, que tenham faturamento igual ou inferior a R$ 3,6 milhões.

A 6ª edição do Prêmio Stemmer foi lançada em uma cerimônia que ocorreu no Centro de Inovação da ACATE (Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia), num evento que contou com a presença do ministro de CTI, Aldo Rebelo.

O edital completo pode ser consultado em: http://www.fapesc.sc.gov.br/premio-professor-caspar-erich-stemmer/

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Histórico

O Prêmio Stemmer foi criado em 2008 pela Lei Catarinense de Inovação e leva o nome de Caspar Erich Stemmer por conta de sua trajetória de destaque no desenvolvimento da ciência e da inovação. “Ele foi um importante personagem da história da Universidade Federal de Santa Catarina , reconhecido pelo dinamismo durante sua administração como reitor entre 1976 e 1980. Seu nome está ligado ao desenvolvimento da CTI em todo o país e em nível internacional, tendo recebido honrarias da Universidade Autônoma de Guadalajara (México, 1977) e da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), em 1986”, destaca o Prof. Arno Blass, por longos anos colega do Prof. Stemmer na UFSC.

A primeira edição do Prêmio Stemmer aconteceu em 2009, e desde então, foram contemplados 58 pesquisadores (protagonistas da inovação), empresas e instituições. Os valores recebidos por eles ultrapassam R$ 1,38 milhão.

 

Fonte: FAPESC

FAPESC lança Prêmio Stemmer de Inovação Catarinense 2015

No dia 26 de agosto, a FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina) lançou a 6ª edição do Prêmio Stemmer de Inovação Catarinense. A cerimônia aconteceu no Centro de Inovação da ACATE (Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia), no evento de fomento à inovação, organizado pelo BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) e o governo do estado de Santa Catarina.

A premiação tem o objetivo de reconhecer os esforços e resultados de pessoas, instituições e empresas no desenvolvimento de produtos e processos inovadores. As inscrições começam no dia 1° de setembro e vão até 1° de dezembro.

O Prêmio Stemmer foi criado em 2008 pela Lei Catarinense de Inovação e carrega o nome de Caspar Erich Stemmer por conta de sua trajetória de destaque no desenvolvimento da ciência e da inovação. Em 2015, as categorias do prêmio são Empresa Inovadora de micro ou pequeno porte e Protagonista da Inovação.

 

O primeiro colocado de cada categoria receberá R$ 60 mil, o segundo R$ 30 mil, e o terceiro vai receber R$ 15 mil, totalizando R$ 210 mil. Para o diretor técnico-operacional da FAPESC, Walter Vicente Gomes Filho, “mais do que o valor financeiro, a importância do Prêmio Stemmer está no reconhecimento e valorização do trabalho. Ele destaca a contribuição para o desenvolvimento da inovação no nosso estado”.

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Gargioni assina edital na companhia do ministro Aldo Rebelo, governador Raimundo Colombo e secretário Carlos Chiodini.

Para a categoria Protagonista da Inovação podem se inscrever pessoas físicas ligadas a empresas ou instituições inovadoras, ou ainda a instituição de Ciência e Tecnologia sediada em Santa Catarina. A novidade nesta edição é a possibilidade de inscrever inovações desenvolvidas por grupos de pesquisa, representados por seus coordenadores, até o ano passado a inscrição era apenas individual. Na categoria Empresa Inovadora, podem concorrer empreendimentos estabelecidos no estado, que tenham faturamento igual ou inferior a R$ 3,6 milhões.

A primeira edição do Prêmio Stemmer aconteceu em 2009, e desde então, foram contemplados 58 pesquisadores (protagonistas da inovação), empresas e instituições. Os valores recebidos por eles ultrapassam R$ 1,38 milhão.

O edital completo pode ser consultado em: http://www.fapesc.sc.gov.br/premio-professor-caspar-erich-stemmer/

 

Fonte: FAPESC

Finalistas do Prêmio Stemmer 2014 são contemplados nesta quinta-feira

Foram entregues nesta quinta-feira, 4 de dezembro, as estatuetas aos vencedores do Prêmio Stemmer de Inovação Catarinense 2014. Foram três os premiados na categoria Protagonista da Inovação, à qual concorreram pesquisadores vinculados a empresas ou instituições: Fabiana Vieira Lima, Gabriel de Freitas Nunes e Celso Panceri. Cada um deles receberá, respectivamente R$ 50 mil, R$ 20 mil e R$ 10 mil. A cerimônia foi realizada no Il Campanario, em Jurerê, durante a abertura do Fórum Nacional do CONFAP (Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa), do qual a FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do estado de Santa Catarina) faz parte.

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Ganhadores do Prêmio Stemmer 2014 (Foto: Michelle Nunes/SDS)

A vencedora, Fabiana Vieira Lima, da empresa Brasil Materiais e Instrumentais Ltda., com sede em Palhoça, inscreveu-se com a inovação “Clareador e Dessensibilizante Dentário com ativos encapsulados e processo para sua obtenção”. Seu projeto consiste em desenvolver ativos encapsulados por nanotecnologia, utilizando produtos biodegradáveis e biocompatíveis, ao invés de solventes orgânicos.

O processo é resultado de outra inovação da mesma empresa: o primeiro produto associa clareador com dessensibilizante que possui mecanismo de ação comprovado cientificamente e com resultado superior aos similares encontrados no mercado. O lançamento do produto foi em janeiro de 2012 e sua comercialização já foi autorizada pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em todo o Brasil. “Esse prêmio é resultado de um trabalho de clareamento dental que venho fazendo há seis anos, e é um incentivo de que esse é o caminho correto e que estamos instituindo inovações, apesar de ser algo que dispende bastante investimento”, declara a pesquisadora.

O segundo colocado,Gabriel de Freitas Nunes, da TNS Nanotecnologia Ltda., de Florianópolis, desenvolveu antimicrobianos à base de nanopartículas de prata, com um processo totalmente brasileiro. O objetivo da TNS é oferecer às indústrias um aditivo à base de nanopartículas de prata de alta eficiência e preço competitivo frente aos produtos importados. O resultado foi a obtenção de produtos mais seguros em relação à saúde, superfícies limpas e higiênicas, com melhoria na saúde pública. Para o pesquisador, esse prêmio vai ajudar a empresa a ter visibilidade não apenas no estado, mas a nível nacional, principalmente em relação ao fato de a empresa inovar e oferecer novos produtos ao mercado, “esse é o reconhecimento para a tecnologia e para as pessoas que estão à frente nessa área”.

Celso Panceri, da Vinícola Panceri Ltda., de Tangará, que ficou em terceiro lugar, participou do Prêmio Stemmer com três projetos inovadores. O primeiro deles, considerado o principal pelo empreendedor, foi o processo para produção de vinho licoroso com desidratação de uvas a frio, em ambiente controlado.O produto está em fase de introdução no mercado.  O Merlot Nouveaué umprocesso maceração carbônica da uva Merlot para produção de vinhos jovens, que não era utilizada devido às  condições climáticas. O vinho já é comercializado há dois anos. Seu terceiro projeto foi a criação do Museu da Vitivinicultura de Santa Catarina em Tangará, que ele considera uma inovação cultural.

O Prêmio de Inovação Catarinense foi criado em 2008 pela Lei Catarinense de Inovação, posteriormente levando o nome de Caspar Erich Stemmerpor sua atuação em favor da competitividade da indústria brasileira, da inovação tecnológica e da melhoria dos processos produtivos e de gestão institucional. A premiação tem o objetivo de reconhecer e dar visibilidade a pessoas e instituições que promovem o conhecimento científico e tecnológico. A primeira edição ocorreu em 2009.

Fonte: Jéssica Trombini – FAPESC

Inscrições encerradas

Informamos que terminou as  23:59 horas do dia 15 de setembo, o prazo para submissão de propostas para concorrer à 5ª edição do Prêmio Stemmer Inovação Catarinense 2014 , observando-se às exigências do Edital nº 03/2014.

Inscrições para o Prêmio Stemmer seguem até o dia 10 de setembro

As inscrições para o Prêmio Stemmer Inovação Catarinense foram abertas no dia 10 de julho e seguem até o dia 10 de setembro.  Para fazer a inscrição, acesse o link www.premiostemmer.sc.gov.br .

Este ano o Prêmio Stemmer terá nove contemplados, três em cada categoria: Protagonista da Inovação, a que pode concorrer pesquisador vinculado a uma empresa ou a uma instituição; Instituição de Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI) que realizou pesquisa básica e aplicada; e Instituição Inovadora, que incorporou inovações no período de 2012 a 2014.

O primeiro colocado de cada categoria receberá R$ 50 mil, o segundo R$ 20 mil, e R$ 10 mil o terceiro, totalizando R$ 240 mil. Todos os candidatos ao prêmio recebem certificado de participação; medalhas serão dadas aos três maiores inovadores (novidade da edição 2014).

O Prêmio Inovação Catarinense leva o nome do Prof. Caspar Erich Stemmer por sua atuação em favor da competitividade da indústria brasileira, da inovação tecnológica e da melhoria dos processos produtivos e de gestão institucional.

Fonte: FAPESC

Trajetória do professor Stemmer foi marcada por conquistas importantes para a UFSC

Faleceu no dia 12 de dezembro de 2012, o ex-reitor da Universidade Federal de Santa Catarina Caspar Erich Stemmer. Nascido em 1930 em Novo Hamburgo (RS), o professor Stemmer foi um dos responsáveis pela implantação do curso de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina, instituição criada em 18 de dezembro de 1960. Em 1962, a partir de convênio com a então Universidade do Rio Grande do Sul, vários professores gaúchos passavam três dias por semana em Florianópolis dando aulas e preparando os instrutores locais que iriam substituí-los mais tarde.

Aos 34 anos, Stemmer ministrava a disciplina Construção de Máquinas na última série do curso e passou a vir a Florianópolis a partir de 1964 na qualidade de professor regente, responsável pela implantação da disciplina de Vibrações Mecânicas. Na época, ele tentava implantar na UFRGS novas práticas de ensino de engenharia, muitas das quais vivenciou durante o período (1957 a 1958) em que esteve na Escola Técnica Superior de Aachen, Alemanha.

Por conta disso, defendia ideias inovadoras que tiveram dificuldades para ser aplicadas no curso de Engenharia Mecânica da UFRGS, criado em 1896. Em pouco tempo, Stemmer se tornou diretor da Escola de Engenharia Industrial da UFSC. Aqui, procurou dar condições para que os professores permanecessem na universidade para além do período das aulas, para se dedicar aos alunos e capacitar os laboratórios para a prática do ensino.

Ele implantou o sistema de dedicação exclusiva e um regime probatório rígido, além de tentar instituir estágios em empresas catarinenses para os alunos do curso. Mais tarde, já no ano 2000, por conta de seus esforços, surgiu o curso de graduação em engenharia de materiais, estabeleceram-se parcerias com empresas e convênios internacionais para a capacitação de laboratórios e bibliotecas, houve estímulos ao aperfeiçoamento cultural dos alunos, criou-se a Fundação do Ensino da Engenharia em Santa Catarina (Feesc), a primeira fundação universitária da UFSC e que viabilizou a implantação do curso de Engenharia Elétrica, e foi descentralizado o vestibular em várias cidades do Estado para os cursos de Engenharia.

Em meados de 1968 a Escola de Engenharia já contava com cinco docentes que possuíam o título de mestre. Foi quando o professor Stemmer instituiu uma comissão para elaborar o projeto de um mestrado em engenharia mecânica.

De 1974 a 1976, ele assumiu a coordenação do Programa de Expansão e Melhoramento das Instalações do Ensino Superior do Ministério da Educação, conhecido como Premesu. De 1976 a 1980, o professor Stemmer foi reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, e nesse período a participação dos docentes em regime de tempo integral cresceu de 37,8% para 67%.

Também durante a gestão Stemmer diversos cursos foram criados, como os de Arquitetura, Computação, Psicologia, Jornalismo, Nutrição, Engenharia Sanitária, Engenharia de Alimentos, Engenharia Química, Engenharia de Produção, e diversos bacharelados. Na gestão de Stemmer foi criado o primeiro curso de doutorado da UFSC, em Engenharia Mecânica.

O ex-reitor ocupou as funções de assessor especial da Secretaria de Transportes e Obras do Estado de Santa Catarina, diretor industrial da Weg Automação, secretário executivo do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PADCT) e secretário executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Em 1998, Stemmer se aposentou da UFSC e no ano seguinte o Conselho Universitário outorgou-lhe o merecido título de Professor Emérito da Universidade. Ele recebeu também os graus de Comendador e de Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico e uma homenagem da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Fonte: AGECOM/UFSC – Originalmente publicado no dia 12 de dezembro de 2012

Prêmio Stemmer será lançado em solenidade na ALESC

Na próxima quarta-feira (25 de junho) a FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina) lançará a quarta edição do Prêmio Stemmer Inovação Catarinense. A cerimônia será realizada às 19h na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (ALESC), que homenageará o professor Caspar Erich Stemmer com o título de Cidadão Catarinense in memoriam. As inscrições para o prêmio que leva seu nome começam em 10 de julho.

O Prêmio Stemmer foi criado em 2008 pela Lei 14.328, a Lei Catarinense da Inovação, que dispõe sobre incentivos à pesquisa científica e tecnológica e à inovação no ambiente produtivo no estado de Santa Catarina. A premiação tem o objetivo de reconhecer e dar visibilidade a pessoas e instituições catarinenses que promovem o conhecimento científico e tecnológico. Elas serão contempladas por seus esforços e resultados em inovação, no investimento em novos produtos, processos, bens e serviços, que contribuem para desenvolvimento econômico, social e ambiental de Santa Catarina.

Este ano o Prêmio Stemmer terá nove contemplados, três em cada categoria: Protagonista da Inovação, a que pode concorrer pesquisador vinculado a uma empresa ou a uma instituição; Instituição de Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI) que realizou pesquisa básica e aplicada; e Instituição Inovadora, que incorporou inovações no período de 2012 a 2014. O primeiro colocado de cada categoria receberá R$ 50 mil, o segundo R$ 20 mil, e R$ 10 mil o terceiro, totalizando R$ 240 mil. Todos os candidatos ao prêmio recebem certificado de participação; medalhas serão dadas aos três maiores inovadores (novidade da edição 2014).

O Prêmio Inovação Catarinense leva o nome de Caspar Stemmer por sua atuação em favor da competitividade da indústria brasileira, da inovação tecnológica e da melhoria dos processos produtivos e de gestão institucional. Em Florianópolis, criou as condições para o estabelecimento da Fundação CERTI, pioneira na incubação de empresas e foi o Secretário Executivo do Polo Tecnológico da Grande Florianópolis (TECNÓPOLIS), hoje uma referência nacional, conhecido como ParqTec Alfa. Em âmbito federal, no Ministério da Educação empenhou-se pela modernização dos laboratórios universitários, e no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação teve papel fundamental na implementação de programas nacionais para promover a inovação tecnológica e a formação de recursos humanos de interesse da economia e da indústria brasileira.

A primeira edição do Prêmio aconteceu em 2009. As cerimônias de premiação daquele ano e de 2010 tiveram a presença da personalidade que dá nome ao Prêmio. Stemmer faleceu em dezembro de 2012. Ao todo, já foram premiadas 55 empresas, instituições e pesquisadores (protagonistas da inovação), que dividiram um total de R$ 1,3 milhão.

Confira o cronograma do Prêmio Stemmer de 2014:

EVENTO DATA
Lançamento do Edital 25/junho/2014
Início do período de inscrições 10/julho/2014
Encerramento das inscrições 10/setembro/2014
Divulgação de resultados A partir de 23/outubro/2014

Fonte: Jéssica Trombini – FAPESC

Homenagem a Caspar Erich Stemmer

“A história da educação superior no Brasil é muito recente. Nossa primeira Universidade, a Universidade do Rio de Janeiro, mais tarde denominada de Universidade do Brasil, foi criada em 1920. A Universidade de São Paulo, que representa um divisor de águas na história do sistema brasileiro de educação superior do Brasil, foi criada em 1934.

A Universidade Federal de Santa Catarina foi criada em 18 de dezembro de 1960, integrando as seis faculdades que já operavam em Florianópolis. Por insistência do então diretor da Faculdade de Direito, o Professor João David Ferreira Lima, no ato de criação da UFSC o diretor de ensino superior do MEC, Jurandir Lodi, ao lado da nominata das seis faculdades existentes, anotou que também deveria ser criada uma escola de Engenharia Industrial e profetizou:

“Ferreira, quero que vocês façam uma grande escola, e que sua fama corra de tal forma que, quando um pai no Amazonas disser que seu filho vai estudar engenharia, as circunstâncias aconselhem: mande-o para Florianópolis que lá está a melhor”. E assim foi feita a história.

Ferreira Lima foi escolhido e nomeado o primeiro reitor da UFSC em outubro de 1961, e para tirar do papel a criação de uma Escola de Engenharia em Florianópolis de pronto firmou um convênio com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (na época Universidade do Rio Grande do Sul) e já em 1962 foi implantado o curso de engenharia mecânica, modalidade escolhida como prioritária pelas indústrias do estado.

Professores da UFRGS foram selecionados para exercer a regência de algumas disciplinas e se deslocavam quinzenalmente de avião e aqui permaneciam por dois ou três dias. Ministravam aulas e orientavam instrutores locais que futuramente iriam substituí-los.

Neste contexto, o jovem professor Caspar Erich Stemmer, que ministrava a disciplina “Construção de Máquinas” na última série do curso de engenharia mecânica da UFRGS passou a vir a Florianópolis a partir de 1964 na qualidade de professor regente, responsável pela implantação da disciplina de Vibrações Mecânicas e tendo como instrutor o José João de Espíndola, hoje o decano do Departamento de Engenharia Mecânica.

O Professor Stemmer na época tinha 34 anos e tentava implantar na UFRGS novas práticas de ensino de engenharia, muitas das quais vivenciou durante o período de 1957 a 1958 em que esteve na Escola Técnica Superior de Aachen, Alemanha.

Suas idéias inovadoras e revolucionárias para a época tiveram dificuldades para serem aceitas no já estabelecido curso de engenharia mecânica da UFRGS, cuja escola de engenharia havia sido criada em 1896. O convite para vir a Florianópolis foi assim um presente para o Prof. Stemmer, que pode aqui introduzir uma série de medidas que viriam a ser adotadas como regras em muitas outras universidades.

Em pouco tempo o Prof. Stemmer se tornou Diretor da Escola de Engenharia Industrial da UFSC. Uma de suas primeiras providências foi dar condições para que os professores permanecessem na universidade para além do período das aulas. Era preciso que cada professor pudesse se dedicar aos alunos, e capacitar os laboratórios para a prática do ensino. Introduziu assim o regime de dedicação exclusiva.

Não podia haver, no entanto, pacto com a mediocridade. Por isto o Prof. Stemmer implantou um regime probatório rígido e que exigia, inclusive, a aprovação em uma prova de recondução que incluía conhecimentos técnicos e didáticos.

Lamentavelmente, a Reforma Universitária acabou com este salutar instituto em 1970 e mesmo sua introdução vários anos depois, não pôde ser realizada de forma efetiva, principalmente pelos interesses corporativos hoje existentes nas nossas instituições.

Dentre outras idéias e contribuições introduzidas pelo Prof. Stemmer para o ensino de engenharia em Florianópolis incluem: estágios obrigatórios curriculares para todos os alunos – iniciativa mais modesta do pensamento original do Prof. Stemmer que propunha que o aluno deveria passar um semestre na escola e outro na industria.

Tal prática só veio a ser implantada na UFSC em 2000, no curso de graduação em engenharia de materiais; estabelecimento de parcerias com empresas; convênios internacionais que possibilitaram a capacitação de laboratórios e bibliotecas; estímulos diversos ao aperfeiçoamento cultural dos alunos; criação da Fundação do Ensino da Engenharia em Santa Catarina, a primeira fundação universitária da UFSC e que viabilizou os repasses de recursos de diversas fontes destinados à implantação do curso de Engenharia Elétrica; descentralização do vestibular em várias cidades do estado para os cursos de engenharia.

Com a unificação do vestibular em 1970, o vestibular se tornou novamente centralizado, voltando a se realizar de forma descentralizada durante o período do Prof. Stemmer como reitor. Convém observar que o vestibular único, tal como o conhecemos hoje, e que é praticado por todas as universidades brasileiras, representa uma criação da UFSC; treinamento e qualificação dos docentes.

Em meados de 1968 a Escola de engenharia já contava com cinco docentes que possuíam o título de mestre. Era hora de começar a pensar em um mestrado e o Prof. Stemmer instituiu uma comissão para elaborar o projeto de um mestrado em engenharia mecânica. É importante lembrar que a primeira instituição brasileira a conceder um título de mestre foi a Universidade Federal de Viçosa em 1961, na área de zootecnia.

O primeiro mestre em engenharia no Brasil veio do ITA em 1963. A PUC-RJ e a Coppe formaram mestres em engenharia a partir de 1964, e a USP a partir de 1969, ano em que foi iniciado o mestrado de engenharia mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina. Este mestrado foi viabilizado através de um projeto do Fundo de Desenvolvimento Técnico-Científico, Funtec, na época chefiado por José Pelúcio Ferreira. Era o primeiro projeto aprovado a sair do triângulo Rio-Minas-São Paulo.

Com a formação dos primeiros mestres em engenharia mecânica, era preciso expô-los à comunidade brasileira e então o Prof. Stemmer organizou durante o ano de 1971, em Florianópolis, o Simpósio Nacional de Engenharia Mecânica. Este evento se tornou bienal, sendo o segundo promovido pela Coppe.

Presentemente estamos na 19a edição deste encontro que hoje se denomina Congresso Internacional de Engenharia Mecânica. Fruto destes primeiros eventos fundou-se em 1975 a Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas, cujo primeiro presidente foi o Professor Luis Bevilacqua, um dos conferencistas do Simpósio de Florianópolis.

De 1974 a 1976 o Prof. Stemmer assumiu a Coordenação do Programa de Expansão e Melhoramento das Instalações do Ensino Superior do Ministério da Educação, conhecido como Premesu, e que viria a se tornar um dos mais importantes programas do MEC para o ensino superior. Este programa assegurou, por exemplo, a duplicação da área construída das universidades federais.

De 1976 a 1980 o Prof. Stemmer foi reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, administrando a instituição de forma marcante. Durante sua gestão a participação dos docentes em regime de tempo integral cresceu de 37,8% para 67%. Grande ênfase foi colocada na qualificação dos docentes a ponto de termos 28,7 % dos mesmos em treinamento em 1979.

Também durante a gestão Stemmer diversos cursos foram criados, dentre os quais arquitetura, computação, psicologia, jornalismo, nutrição, engenharia sanitária, engenharia de alimentos, engenharia química, engenharia de produção, e diversos bacharelados. Também foi na gestão de Stemmer que foi criado o primeiro curso de doutorado da UFSC, este em engenharia mecânica.

Após seu mandato de reitor o Prof. Stemmer retornou ao Departamento de Engenharia Mecânica e seguiu contribuindo com seus pares e alunos, vindo a ser, inclusive, novamente Chefe do Departamento. Seu nome, no entanto já era muito conhecido em nível nacional e extrapolava as fronteiras da UFSC. Mesmo servindo ao Departamento até o momento de sua aposentadoria, o Prof. Stemmer foi diversas vezes convidado a assumir outros postos.

Pela sua experiência e liderança o Prof. Stemmer ocupou, dentre outras funções e cargos, o de assessor especial da Secretaria de Transportes e Obras do Estado de Santa Catarina, Diretor Industrial da Weg Automação, Secretário Executivo do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Padct, e Secretário Executivo do MCT. Sua passagem por todas estas funções foi igualmente marcante.

Em 1998 o Prof. Stemmer se aposentou da UFSC, embora siga sempre encorajando e estimulando a todos com seus conselhos e palavras de incentivo. Em 1999 o Conselho Universitário outorgou ao Prof. Stemmer o merecido título de Professor Emérito desta universidade. Este reconhecimento se juntou a outros tantos que o Prof. Stemmer recebeu, dentre os quais os graus de Comendador e de Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico.

Feliz da instituição que tem exemplos como o do Prof. Stemmer. Como dizia o Professor Newton Sucupira, “aqueles que falam da decadência do ensino superior ou não têm memória, porque são velhos, ou não conhecem a história, porque são moços”. São acadêmicos como o Professor Stemmer que através dos seus esforços e dedicação, têm sabido tão bem construir a universidade brasileira.

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência se sente honrada de homenagear aqui o Professor Caspar Erich Stemmer e reconhece, nesta reunião onde a tecnologia recebe destacado enfoque, a grande contribuição do professor para a engenharia e a ciência nacionais.

Estendemos nossos cumprimentos para a Professora Helena Stemmer, devota esposa e competente engenheira e professora. Também aos filhos, Gaspar, Marcelo e Miriam. Parabéns Professor Stemmer, receba o muito obrigado de todos nós!”

Álvaro Toubes Prata
Professor Titular do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina e Secretário do Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia